terça-feira, 31 de agosto de 2010

...viciei-me no "Fantasma da ópera"

Não resisto a partilhar este video aqui. Primeiro porque vi o musical em Londres e fiquei maravilhada (e viciada), é lindissimo, a conjugação da história de Gaston Leroux com a música de Andrew Lloyd Webber ficou espectacular, sem qualquer exagero e depois porque os Nightwish pegaram nesta música e fizeram uma excelente versão, muito bem conseguida, também graças às suas vozes. As imagens do filme (que ainda não vi mas está quase!) também ajudaram a viciar-me neste video. Quem fez o casting para o filme, deve ser da minha opinião e adorar a personagem do Fantasma, tendo em conta a recriação que fez dele (o mais bonito que vi até agora). Já no musical era o que tinha a voz mais bonita... Que rica voz fantasmagórica!

Planos para o futuro: voltar a Londres e ver a sequela: Love never dies! Até lá é ver o video mais umas quantas vezes ao dia e o filme... Será que também é viciante?

Coisa profundamente irritante nº 5 - Pessoas que cantam... quando devem estar em silêncio!

Eis uma coisa que me irrita profundamente desde sempre. Estar a ouvir uma música e a pessoa ao meu lado estar a cantarolá-la. É acima de tudo uma coisa que não me faz sentido nenhum e por mais que me controle é dificil não ter vontade de lhe dar, sei lá... um murro?

Alguém que me ajude a perceber isto: Eu estou com uma pessoa (vá lá por exemplo, num carro...) e de repente começa a dar uma música que eu comento que gosto e a pessoa que vai comigo de repente começa a cantá-la. Esperem lá, mas o que é que naquilo que disse a fez pensar que a queria ouvir cantar? Ou que eu queria deixar de ouvir a música que acabei de dizer que gosto, para ouvir a sua voz, seja qual for a sua qualidade, até pode ser tenor, O QUE EU QUERO É OUVIR A MÚSICA!!!

O primeiro pensamento que me ocorre é: "quem me mandou dizer que gostava, haveria hipotese de ter ficado calada se não o tivesse feito", depois ocorre "e agora o que faço para se calar?" e ainda: "Desisto... e ouço em casa se tiver para lá a música". Normalmente, se tiver confiança com a pessoa mando-a calar e resolve-se facilmente a questão. Depois se for inteligente e perceber que as relações se mantêm apoiadas em respeito (e estes pequenos gestos são uma forma de o demostrar) mantem-se em silêncio e deixa ouvir, se for uma pessoa parva (elas andam aí e é dificil fugir-lhes!) continua pois normalmente estas pessoas acham que irritar os amigos ou colegas é uma óptima maneira de manter uma relação (mais tarde falarei destas pessoas que acham que ao irritarem os outros, eles se estão a divertir muito e vão continuar a querer estar com elas...).

Pode parecer uma coisa mínima para grande parte das pessoas, mas para mim é realmente importante, porque adoro música, adoro ouvir com atenção as músicasa que gosto e ter alguém a cantar por cima, acreditem é das coisas mais profundamente irritantes que me podem fazer!

...aparecem assim uns textos sobre touradas

Não costumo colocar aqui textos de outras pessoas, mas este chamou-me a atenção. Trata-se de uma analogia das tourada com as relações humanas feita pela escritora Clara Feldeman, no seu livro "Encontro" e encontrei-o no site Pensamento em família

Ela assinala que na tourada entre as pessoas, uma delas tem o estranho prazer de cravar bandarilhas no peito da outra. As suas hastes pontiagudas aparecem na forma (subtil ou escancarada) de críticas, ofensas agressões verbais (às vezes físicas), sarcasmo, ironias; desrespeitos, competições, deslealdades. (…) mensagens verbais e não verbais que perfuram, abrem feridas(…) entre uma estocada e outra, uma carícia (…) como barata que morde e sopra. (…) há também a inversão dos papéis: em que o toureiro se transforma em touro e vice-versa, numa alternância doentia sem fim.

A responsabilidade de escolha é de cada um dos envolvidos. ”Não estamos na arena, famintos e ofuscados pela luz do sol (…) Não existe, para nós, a inevitabilidade da morte o touro, (…) temos a força e a sabedoria para escolhermos o melhor: arrancar as bandarilhas, para , enfim viver.

Pense nisto…


Este texto vem um pouco no seguimento do que disse na minha entrada anterior, na coisa extremamente irritante nº 4. Para além disso achei interessante por ser mais uma boa forma de nos fazer sentir um pouco daquilo que um touro poderá sentir na arena, durante esse "espectáculo" degradante (principalmente para "nós", pessoas que assistimos e aplaudimos aquilo), que são as touradas. Não vou agora aqui dar a minha opinião sobre as mesmas, apenas digo que sou contra, mas acho que há coisas piores para os animais e não vejo grandes preocupações, como jardim zoológicos, animais domesticados em casas minúsculas, sem falar nos casos em que acabam por ser abandonados e acho também que em certas situações será preciso usar outros métodos que não o acabar repentinamente com um "ritual" que poderá ter uma enorme importância na cultura dessas pessoas que particpam nele e acabar por gerar conflitos graves. Eles (adeptos das touradas) podem estar errados em muita coisa mas nós, que somos contra, não somos os donos da razão, nem somos Deuses...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Coisa profundamente irritante nº 4 - Pessoas que nos fazem lembrar a Perestroika

Quem são estas pessoas? São pessoas que se assemelham a fenómenos sem explicação, pois é isso que elas próprias são, um fenómeno sem qualquer explicação ou lógica. Esta associação não é de minha autoria mas tem a minha aprovação... E pode ser usada como uma espécie de código...

Quais as suas características? São profundamente irritantes, por serem profundamente mal educadas e mal formadas e sem qualquer consideração pelos sentimentos alheios. Mas se lhes perguntarmos... Não, são pessoas de grande personalidade que não se deixam ficar e respondem sempre à letra, mesmo quando apenas estejamos a ser simpáticos com elas e recebamos em troca uma resposta rude e fria. São pessoas que não cedem e prejudicam os outros mas acham isso bonito pois demonstra um grande carácter. De personalidade forte não têm nada, apenas rudez... O problema é que existe uma grande confusão entre personalidade forte e má formação, tal como existe entre falta de personalidade e bom feitio (se é que isto existe). E estas petrestoikas usam-se bem disso.

Pela parte que me toca não tenciono perder muito tempo com elas. Educação apenas terei de me preocupar com a dos meus filhos se um dia os tiver (e cada vez me apercebo mais da importância que esta tem no formação do seu carácter e no seu futuro enquanto amigo, profissional, familiar, em tudo). Eu a estas pessoas apenas tenho uma coisa a dizer... Adeuzinho, sê muito feliz mas bem longe!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Coisa profundamente irritante nº 3 - Telemóveis durante espectáculos



Fico com a ideia de que as pessoas que consultam o seu inseparável telemóvel durante espectáculos em salas ou filmes no cinema, pensam que o estão a fazer de forma muito discreta. Não devem saber que estando eles na plateia e havendo pessoas nos balcões acima, aquilo acaba muitas vezes por chamar mais a atenção que o espectáculo em si. Para além de que… é estúpido. Para quê estar a mandar mensagens durante um filme ou um espectáculo? Para isso ficavam em casa… Ou iam para o café falar com essa pessoa. Em vez de estar a criar esta poluição visual e a desviar a atenção do que é realmente importante. Parece sempre que o recinto está cheio de pirilampos e não foi concerteza para esse tipo de espectáculo que eu paguei bilhete.

Mas este utensílio electrónico e tão comunicativo consegue ser usado para incomodar e irritar profundamente as pessoas à sua volta mesmo em espectáculos ao ar livre e de rock e mesmo sem estar “alturamente” falando, acima (eu dificilmente fico acima de alguém quando estou em plateias de pé!) Como? Com as filmagens e com as fotografias, (principalmente com flash, essas cumprem melhor a sua função de irritar profundamente o próximo, mas é que é mesmo o próximo, porque quanto mais próximo mais irritante). Mas há pessoas para as quais é completamente impossível assistir a um concerto sem o filmar. Porquê? Não sei. Eu quando vou a um concerto é para ver uma banda ao vivo, não através do ecrã do telemóvel ou da máquina fotográfica. E não me interessa rever o concerto no futuro, interessa-me vivê-lo no presente.

Não há outro remédio, tenho de aceitar que existe uma nova forma de “curtir” a música, filmando e fotografando como se não houvesse amanhã e uma nova forma de ver filmes, teatros, musicais, óperas… Que é não ligando nenhuma e estando concentrando em pirilamparar as salas. E nós que não aderimos à coisa é que nos lixamos.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Coisa profundamente irritante nº 2 - Transitar nos passeios

Ora toda a gente sabe que andar a pé no meio da estrada faz mal à saúde... Quer por causa dos sustos das buzinadelas, quer devido às consequências de levar com um carro em cima, quer por outras situações igualmente drásticas. Sendo assim, criou-se aquela bela coisa chamada de passeio! Excelente ideia! Só que eu pessoalmente continuo a preferir andar a pé no meio da estrada, porque andar nos passeios é quase como andar na selva. E eu não me sinto preparada para isso, talvez fosse melhor frequentar um curso onde ensinassem a fazê-lo. Eu tento, mas quando dou por mim já estou outra vez no meio da estrada.

Primeiro, cocó de cão... temos de estar sempre atentos! E eu não sou uma pessoa muito atenta, ando sempre a pensar no dia de ontem. Ainda se fosse verdade aquilo de dar dinheiro, mas não me parece.

No entanto, para mim este é o menor dos males, uma vez que os cães nós consideramos irracionais, mas e os racionais? O que os racionais fazem é que é mesmo profundamente irritante. Daí ter deixado para o fim, é sempre bom deixar o melhor para o fim! Os racionais ocupam o suposto espaço dos peões com os seus automóveis, porque se deixarem no meio da estrada, os outros automóveis não passam. E eu, como é que passo? E eu desloco-me pelas próprias pernas e quem não se desloca, como é que passa?

E as escarretas? Conseguirei eu continuar o meu percurso pelo passeio depois de um senhor extremamente delicado ter lançado nele uma valente escarreta mesmo à minha frente? Ou preferirei eu o risco da estrada? E as pessoas paradas no meio do nosso caminho a falar sobre a vida (delas mas principalmente sobre a dos outros/as)? E os homens à porta dos cafés, que ficam a olhar com cara de parvos (não têm outra é verdade) e a mandar bocas quando nós temos de passar por eles? E as pessoas que estão a lavar a escada e despejam a água cheia de detergente no passeio? E o carteiro lá da rua que deixa o carrinho das cartas entre o carro estacionado em cima do passeio e a parede, e eu se quiser que passe por cima?

Não me venham dizer que não é preciso ter estado na guerra para conseguir andar nos passeios, não me venham dizer que não somos obrigados a andar no meio da estrada, correndo os sérios riscos que atrás referi, porque andar nos passeios é realmente uma coisa profundamente irritante!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Coisa profundamente irritante nº 1 - Pessoas que se sentam no banco do lado de dentro nos autocarros


Ora cá está a coisa irritante que inaugura esta nova secção do “E vai na volta”. Foi esta a situação que me inspirou. É que é mesmo irritante, de tirar a pessoa do sério.

Porque será que as pessoas passaram a ter medo de estar à janela nos autocarros? Será que receiam um ataque terrorista? Será do ar condicionado? Mas mesmo estando no lado de dentro levam com ele nas ventas! Ainda pus a hipótese de estarem quase a sair, mas depois cheguei à profundamente irritante conclusão que saiam sempre ou na mesma paragem que eu ou depois! Também poderá ser egoísmo, e este ser um dos pequenos gestos que revelam não querer saber dos outros para nada, nem lhes querer facilitar a vida ou então estarmos cada vez mais anti-sociais e esta ser uma forma de estarmos seguros de que ninguém se senta ao seu lado, de que não há grandes contactos, não vá quem procura um lugar estar a cheirar mal ou querer meter conversa… Era preciso uma análise profunda, com inquéritos, histórias de vida, para perceber o que lhes vai na mona.

Para já o que eu sei é que graças a este novo hábito, acabo sempre por ir até ao último banco, até encontrar uma alminha do céu que esteja sentada no lado da janela. Ou então, prefirir mesmo ir de pé. Não há pachorra para estar sempre a pedir licença, para sentar e para sair. Que de manhã não estou também para todos esses diálogos. Vou de pé é verdade mas claro, profundamente irritada!

...contamos 365 coisas profundamente irritantes (mais coisa menos coisa)

Surgiu em tempos um blog chamado "365 coisas que posso fazer...
... para diminuir a minha pegada ecológica". Adorei a ideia, fez realmente sugestões muito interessantes e úteis e acho que vale a pena visitar o blog: http://365coisasquepossofazer.blogspot.com/ . Agora decidi adaptar a ideia a um outro conceito:
365 coisas profundamente irritantes! Pois eu acredito que todos os dias conseguiria nomear uma coisa que acho profundamente irritante. Mas não vou fazer a coisa assim, vou pondo aqui conforme me lembrar. Posso não chegar às 365 mas não andarei muito longe!