quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Coisa profundamente irritante nº 3 - Telemóveis durante espectáculos



Fico com a ideia de que as pessoas que consultam o seu inseparável telemóvel durante espectáculos em salas ou filmes no cinema, pensam que o estão a fazer de forma muito discreta. Não devem saber que estando eles na plateia e havendo pessoas nos balcões acima, aquilo acaba muitas vezes por chamar mais a atenção que o espectáculo em si. Para além de que… é estúpido. Para quê estar a mandar mensagens durante um filme ou um espectáculo? Para isso ficavam em casa… Ou iam para o café falar com essa pessoa. Em vez de estar a criar esta poluição visual e a desviar a atenção do que é realmente importante. Parece sempre que o recinto está cheio de pirilampos e não foi concerteza para esse tipo de espectáculo que eu paguei bilhete.

Mas este utensílio electrónico e tão comunicativo consegue ser usado para incomodar e irritar profundamente as pessoas à sua volta mesmo em espectáculos ao ar livre e de rock e mesmo sem estar “alturamente” falando, acima (eu dificilmente fico acima de alguém quando estou em plateias de pé!) Como? Com as filmagens e com as fotografias, (principalmente com flash, essas cumprem melhor a sua função de irritar profundamente o próximo, mas é que é mesmo o próximo, porque quanto mais próximo mais irritante). Mas há pessoas para as quais é completamente impossível assistir a um concerto sem o filmar. Porquê? Não sei. Eu quando vou a um concerto é para ver uma banda ao vivo, não através do ecrã do telemóvel ou da máquina fotográfica. E não me interessa rever o concerto no futuro, interessa-me vivê-lo no presente.

Não há outro remédio, tenho de aceitar que existe uma nova forma de “curtir” a música, filmando e fotografando como se não houvesse amanhã e uma nova forma de ver filmes, teatros, musicais, óperas… Que é não ligando nenhuma e estando concentrando em pirilamparar as salas. E nós que não aderimos à coisa é que nos lixamos.

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