domingo, 24 de julho de 2011

Love is a losing game...

E às vezes é mesmo. Já diz a música dos Ornato Violeta:
"Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! Ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!"

Muita gente diz que a notícia do falecimento da Amy Winehouse já era de esperar, pois eu ainda nem acredito.

Quando a via cambaliar em palco, ficava triste, era uma pena, um desperdicio. Mas tinha esperança que melhorasse e voltasse a ser como era antes, no ínicio da carreira ou vá lá, na fase até ao video do "Rehab". Os cabelos despenteados de forma estranha, eram estranhos e a magreza, emagrecia a grandeza que tinha o seu talento... Preferia-a antes disso.

Para mim a imagem com que fico agora é a de um concerto que deu para BBC (embora já magra e despenteada) e que passou na televisão, que me fez ficar acordada até bem tarde, agarrada à RTP2. Já antes tinha ouvido músicas dela que achava muito fixes, mas esse concerto fez-me ficar fã. Pela voz, pela música diferente, pela banda fantástica que a acompanhava, pelo sentido de humor e a capacidade de brincar consigo mesma e principalmente pelas conversas com o público, o que criou uma grande empatia. Fiquei sempre cheia de vontade de um dia a ver ao vivo. Estive para ir ao Rock In Rio mas ainda bem que não fui. Vi na televisão, em directo, e só me apetecia chorar. Mas a vontade de um dia assistir a um concerto dela e a esperança de que recuparasse, ficaram sempre. Até ontem.

Ontem foi acima de tudo um "Déjà vu", tal como em 1994 ficava sem conseguir ver ao vivo uma das minhas bandas favoritas devido ao falecimento do vocalista, Kurt Cobain, também aos 27 anos, agora ficava sem poder assistir a um dos concertos que mais gostava. Aos 14 anos chorei "baba e ranho", agora já tenho idade para ter juízo, mas ainda estou a digerir a notícia...